CONVERSA COM A PRESIDENTA 22/10/2013
DÁRCIO ALEXANDRE, faturista em Belo Horizonte - A quantas andam as obras de transposição do Rio São Francisco? Já que somente a parte que é feita pelo nosso Exército Brasileiro é completada, porque não deixar a obra inteira por conta dele?
Presidenta Dilma – Dárcio, as obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco estão em pleno andamento, com mais de 6.500 trabalhadores em seus canteiros e mais de 1.800 equipamentos em atividade. Em quatro trechos do empreendimento, as construtoras estão trabalhando 24 horas por dia: São José de Piranhas (PB), Salgueiro (PE), Cabrobó (PE) e Jati (CE). A obra será concluída em 2015, mas já em 2014 teremos os primeiros 100 quilômetros concluídos em cada eixo do empreendimento, o Norte e o Leste.
Aliás, Dárcio, as obras do São Francisco nunca foram interrompidas, sempre contaram com mais de 3 mil trabalhadores em seus canteiros. Mesmo quando houve paralisação em algum trecho, nos outros os trabalhos continuaram. Nos trechos com problemas, contratos foram renegociados, empresas foram trocadas e o ritmo das obras já se intensificou. Nos últimos meses, dez novas ordens de serviço foram emitidas para a expansão da obra nos dois canais e foram contratados mais 2 mil trabalhadores.
As águas do São Francisco serão levadas numa extensão de 470 km, quase a distância de São Paulo a Belo Horizonte, e também beneficiarão 325 comunidades que residem a uma distância de até cinco quilômetros de cada margem dos canais. O Governo Federal também investe fortemente em outras obras de infraestrutura hídrica para o semiárido. A cada R$ 1 investido no São Francisco, outros R$ 3 são aplicados em outras barragens, adutoras e canais, que já estão transformando o semiárido brasileiro. Pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os investimentos mais que triplicaram, passando de R$ 7,2 bilhões no PAC 1 para R$ 28 bilhões no PAC 2.
A participação da engenharia do Exército tem sido importante no projeto do São Francisco, em um trabalho complementar ao das construtoras privadas. Os canais de aproximação dos Eixos Norte e Leste foram concluídos pelos militares. O Exército está construindo ainda estradas de acesso às estações de bombeamento e cuidando de obras em outras áreas, como estradas e aeroportos. A parceria entre o setor público e o privado, com o auxílio do Exército, é boa para a infraestrutura do país, pois ao mesmo tempo em que constrói soluções para gargalos estruturais, mantém a equipe técnica militar sempre mobilizada e em contato com as mais modernas tecnologias construtivas.
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