Bastidores da Alerj

Bastidores da AlerjRodrigo Castro, é jornalista e pós-graduado em marketing e comunicação empresarial pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MG).

Mais lenha na fogueira de Cabral

            Após as turbulências geradas pelas crises com os bombeiros e com os profissionais da educação, um polêmico Projeto de Lei enviado pelo executivo que foi discutido e “barrado” pelos deputados, na semana passada, tornou pública mais uma rebelião no governo Sérgio Cabral. Não se trata de nenhum novo movimento grevista, mas de um ato de rebeldia provocado pelas bancadas dos partidos aliados que votaram contrário ao projeto que permite a administração de unidades de saúde por Organizações Sociais e entidades sem fins lucrativos.

Plenário vazio em 2012

Terminou o recesso parlamentar na Assembleia do Rio. Depois das férias de um semestre marcado pela greve dos bombeiros, os corredores voltam a se movimentar devido a importância deste segundo semestre. De um lado, a base aliada a Sérgio Cabral travará uma guerra para manter a blindagem à imagem do governador, de forma a não prejudicar a eleição de seu sucessor, o vice Pezão. Do outro lado, estará uma oposição que apesar de minoria, faz bastante barulho no Plenário Barbosa Lima Sobrinho. Tudo indica que 2012 começa já! Os próximos meses devem ser agitados sim, mas o silêncio do recesso certamente será mais duradouro no ano que vem, graças a campanha eleitoral! É que dos 70 deputados, cerca de 25 devem se lançar candidatos a prefeito. E a campanha já, já, começa nos quatro cantos do Rio de Janeiro.

Mais um incêndio apagado

Se o episódio da greve dos bombeiros manchou a “boa imagem” da gestão Sérgio Cabral, o mesmo não pode ser dizer da greve dos professores, mesmo com o baixíssimo índice de 3,5% de aumento sugerido pela proposta enviada à Alerj. Falou mais alto o bom senso da base governista na Assembleia, que conseguiu elevar o aumento salarial para 5% que será pago no salário relativo a setembro, depositado em outubro. O magistério também vai receber este ano a parcela referente a 2012 da incorporação da gratificação do programa Nova Escola. O pagamento será retroativo a julho. Se a meta do comando do movimento de greve era bem mais ambiciosa, o valor foi bem recebido pela maioria dos servidores, que confidenciaram ao presidente Paulo Melo que as manifestações estavam perdendo o sentido.