Alerta máximo

Quando ocorre uma catástrofe natural como a que vitimou as cidades da região serrana há um fator que sempre impressiona: a capacidade de mobilização da população para ajudar. Na mesma velocidade em que chegavam as informações sobre a tragédia, recebi uma série de e-mails e apelos via rede social com pedidos de doações. Órgãos públicos montaram postos de coleta. Pessoas que possuem casa na serra e subiram para ajudar amigos e parentes também encheram seus carros. Apesar de as chuvas estarem dificultando os resgates, quem consegue estabelecer comunicação com algum destes pontos posta pedidos de ajuda no facebook e twitter.

Esta rede de solidariedade, tão importante para amparar as pessoas que viram seus pertences sumirem na lama, suas casas serem destruídas e parentes desaparecerem na fúria das águas, traz esperança, mas, sobretudo, lança um alerta: o tão falado aquecimento global vai tornar estes eventos cada vez mais constantes. E as piores consequências destas catástrofes irão sempre recair sobre os mais pobres.

Por isso, é preciso criar também uma rede de informação que seja capaz de avisar em tempo as pessoas sobre a gravidade das chuvas. Em Areal, por exemplo, muitas mortes foram evitadas porque as pessoas saíram de suas casas localizadas às margens do rio. Ainda que a descrença vitime alguns, dar a chance de as pessoas se salvarem é dever do poder público. Outro ponto fundamental é atuar na prevenção. Dragar rios e canais, monitorar as encostas e remover ocupações irregulares, tudo isso ajuda a diminuir o numero de mortos.

Precisamos nos preparar. E investir fortemente para minimizar os impactos, quando possível. É impossível conter a força da natureza. Mas somos inteligentes e devemos estar preparados para responder a eles protegendo a população e reduzindo os riscos. O Fórum de Desenvolvimento do Rio está atento a esta agenda. Os grandes investimentos em infraestrutura que estão em curso podem contribuir para resolver problemas históricos. É preciso, assim que a lama baixar, começar a tirá-los do papel. Não há mais tempo. Nossa única opção é agir.

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