Prefeitura de Caxias pede ‘socorro’ para problema do lixo

Foto: jornal capital Caxias_Divulgação/PMDCDuque de Caxias pode deixar de depositar seu lixo na área de transbordo da Figueira nos próximos dois dias e entrar em colapso caso o INEA (Instituto Estadual do Ambiente) não prorrogue a sua licença de uso. O alerta foi feito pelo prefeito José Camilo Zito, na manhã desta segunda-feira (17). Caso isso aconteça, a Prefeitura vai decretar, a partir do dia 20, Situação de Emergência Sanitária. Para piorar a situação, o acordo firmado entre a Prefeitura e a Comlurb pelo fechamento antecipado do aterro, que contratou a empresa SERB (Saneamento e Energia Renovável do Brasil S.A) para manutenção do transbordo e o transporte do lixo até o seu destino final em Seropédica, foi interrompido no dia 22 de novembro. A empresa alegou prejuízo na operação. Hoje, a Prefeitura gasta R$ 9 milhões com o lixo, dos quais R$ 3 milhões somente para a logística (transbordo e transporte).

- Estamos pedindo socorro para que não haja calamidade. Precisamos da ajuda de todos, precisamos de união - disse Zito diante de dezenas de jornalistas que participaram  da entrevista coletiva realizada em seu gabinete na Fundec, no centro do município. Segundo o prefeito, a cidade recolhia cerca de 800 toneladas/dia. “Hoje, o número aumentou para 2000 toneladas”, acrescentou o prefeito. Ele reafirmou que o pagamento com a empresa Locanty - cerca de R$ 235 mil por dia - está regularizado. “O lixo está sendo recolhido, nosso problema é a falta de locais para o transbordo”, completou.

Com a assinatura do Decreto, o poder público municipal poderá contratar para substituir o serviço da SERB de forma emergencial, uma empresa para transporte até destinação final do lixo para uma Central de Tratamento de Resíduo autorizado. Outra prerrogativa do decreto é, havendo recusa de outros locais para receber o lixo do município, dar base legal para a Prefeitura entrar na justiça com o objetivo de manter a área de transbordo aberta.

Fechamento de aterro antecipou a crise

De acordo com o prefeito, a cidade recebeu por quase quatro décadas o lixo do Rio e da Baixada no Aterro do Jardim Gramacho. “Eles vazaram seu lixo aqui, agora estamos pedindo auxílio para deixar a cidade limpa”, disse, ressaltando que o problema começou com o fechamento antecipado do aterro de dezembro para junho último. Segundo Zito, a ampliação do prazo para operação do transbordo e a permissão para despejo de 300 a 500 toneladas de detritos por dia seriam necessárias para deixar a cidade normalizada. 

- A Prefeitura está empenhada em resolver esta questão. Hoje, limpamos um local e em 20 minutos ele está sujo novamente. Ocorrem muitos despejos clandestinos e isso atrapalha muito”, esclareceu.  O prefeito agradeceu a ajuda da Prefeitura de São João de Meriti por permitir que o lixo da cidade seja colocado no transbordo do município vizinho enquanto espera uma solução em parceria com o Estado e a Prefeitura do Rio.

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