Município de Duque de Caxias ganha primeira RPPN reconhecida pelo Inea

Com mais essa reserva, Estado chega a 112 RPPNs reconhecidas pelo Inea que, juntas, protegem mais de 9 mil hectares de Mata Atlântica

O município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, ganhou sua primeira Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) reconhecida pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea): a RPPN Rio Estrela, com 84,115 hectares de Mata Atlântica protegida, o equivalente a 84 campos de futebol.

Com a criação de mais essa reserva, o Estado chega ao marco de 112 RPPNs reconhecidas pelo órgão ambiental estadual que, juntas, asseguram a preservação de 9.284 hectares de área desse importante patrimônio ambiental.

“Essa RPPN vai ajudar a fortalecer a preservação da Mata Atlântica dessa região, em conjunto com outras unidades de conservação que se estendem desde o sopé da Serra dos Órgãos até a Baía de Guanabara”, disse o presidente do Inea, Philipe Campello.

A reserva Rio Estrela abriga em suas terras uma diversidade de espécies vegetais, principalmente por ser uma área de transição entre dois diferentes ecossistemas que são o manguezal e a floresta ombrófila densa de terras baixas. Dentre as espécies existentes nessa RPPN está a caixeta (Tabebuia cassinoides), considerada ameaçada de extinção e classificada como Vulnerável, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2022).

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Em relação à fauna silvestre, diversas espécies podem ser encontradas no local como o jacaré -do-papo-amarelo (Caiman latirostris); aves, como, o tiê sangue (Ramphocelus bresilius); tiê-preto(Tachyphonuscoronatus); arapaçu-liso (Dendrocinclaturdina); e beija-flor-rajado (Ramphodonnaevius).

As RPPNs são criadas por iniciativa de seus proprietários e são averbadas junto ao Registro Geral de Imóveis (RGI), reconhecimento este que passa a acompanhar em caráter perpétuo a vida da propriedade.

As RPPNs reconhecidas pelo Inea são consideradas unidades de conservação de proteção integral, conforme estabelecido pelo decreto estadual nº 40.909/2007, onde são permitidas apenas a realização de atividades de educação ambiental, turismo e pesquisa científica.

Esse mesmo decreto instituiu o Programa Estadual de Apoio às RPPNs, que é coordenado pelo Núcleo de RPPN do Inea. Por meio dessa iniciativa, o órgão ambiental estadual oferece suporte técnico e orientações aos proprietários interessados como elaboração de planos de manejo, apoio no georreferenciamento dos imóveis e RPPNs, apoio na análise técnica e emissão de autorizações de pesquisa e inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Para conhecer mais, visite: https://www.inea.rj.gov.br/biodiversidade-territorio/o-que-e-rppn/

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