Conversa com a Presidenta

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CONVERSA COM A PRESIDENTA 07/11/11

Paulo Cesar da Silva, 31 anos, comerciante de Teresópolis (RJ) - Presidenta, em relação ao microempreendedor individual, existe algum projeto para beneficiar essas pequenas empresas?

Presidenta Dilma: Sim, Paulo Cesar, nós já adotamos várias medidas em benefício do empreendedor individual. Desde abril, o empreendedor paga menos à Previdência Social, pois diminuímos a alíquota de 11% para 5% do salário mínimo, ou seja, de R$ 59,95 para R$ 27,25. Isto é muito importante porque contribuindo para a Previdência a pessoa fica protegida em casos de doença e acidentes, tem direito à licença-maternidade e à aposentadoria. A família dela também terá direito à pensão por morte e auxílio-reclusão. E tem mais. Propusemos uma mudança na Lei do Simples, que o Congresso aprovou, aumentando de R$ 36 mil/ano para R$ 60 mil/ano o faturamento do negócio para que a pessoa possa se inscrever como empreendedor individual. E em agosto lançamos o Crescer, para oferecer crédito em condições mais adequadas aos empreendedores individuais. O empréstimo para melhorar seu negócio pode ser de até R$ 15 mil, com uma taxa de juros de apenas 8% ao ano. Antes, essa taxa chegava a 60%/ano. Baixamos também a tarifa de abertura do crédito, de 3% para 1% do valor emprestado. Todos os bancos públicos federais oferecem este crédito – Banco do Brasil, Caixa, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia. Os empreendedores individuais são muito importantes para o desenvolvimento do nosso país.

 

COLUNA CONVERSA COM A PRESIDENTA 17/10/11

Charles Nunes de Melo, 50 anos, bancário em Fortaleza (CE) - Por que o governo não investe massivamente nos trens metropolitanos para melhorar a qualidade de vida do povo brasileiro?

Presidenta Dilma: Charles, com o PAC, o governo federal voltou a investir pesadamente em transporte público nas cidades, em parceria com estados e municípios. Nós vamos investir R$ 30 bilhões em obras de mobilidade urbana para melhorar o transporte coletivo pelo Brasil inteiro. A escolha do tipo de transporte – se trem metropolitano, metrô, ônibus, Veículo Leve Sobre Trilho (VLT) – é feita com base nas análises e estudos que os próprios municípios e estados apresentam ao governo federal. Eles informam as prioridades, as condições de operação do sistema que desejam e também a capacidade de manutenção da infraestrutura que envolve um transporte coletivo. Em Fortaleza, por exemplo, retomamos as obras no metrô, e estamos investindo R$ 854 milhões. Deste total, R$ 604 milhões são do orçamento federal, e R$ 142,5 milhões são financiamento para o governo estadual. Com estes recursos, já estamos terminando a modernização do sistema de trens metropolitanos da Linha Oeste, no trecho João Felipe a Caucaia. No próximo ano, terminaremos a implantação da Linha Sul, no trecho Vila das Flores a João Felipe. E estamos estudando outros projetos com o governo do Estado, no âmbito do PAC Mobilidade Urbana. Na semana passada estive em Curitiba e Porto Alegre anunciando investimentos nos metrôs das duas cidades. Em setembro, anunciamos também investimentos no metrô de Belo Horizonte e estamos investindo no metrô de Recife. Estas são algumas das ações que comprovam o nosso compromisso de melhorar a qualidade de vida também dos brasileiros que moram nas grandes cidades.

CONVERSA COM A PRESIDENTA 31/10/11

Carine Bastos de Andrade, 54 anos, aposentada de Maringá (PR) - Minha pergunta é sobre a dengue, uma doença que me preocupa porque já sofri com ela. O governo está preocupado com isso?

Presidenta Dilma: O combate à dengue é uma preocupação constante do meu governo e nossa ação para isso é permanente, Carine. O clima tropical na maior parte do Brasil favorece a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Por isso, realizamos sempre, de forma intensa, o controle dos focos pelas equipes de vigilância sanitária. Em 2011 já houve redução de 40% no número de casos graves da doença, comparando com o mesmo período do ano passado. Mas é preciso atuar o tempo todo e essa é uma batalha que só podemos vencer com o comprometimento de prefeituras, estados, governo federal e cada cidadão. No próximo verão, época em que o mosquito mais se reproduz, vamos ampliar em até 20% os recursos destinados aos municípios que se comprometam a aperfeiçoar as medidas de prevenção e controle da doença. Em seu estado, o Paraná, 72 municípios receberão esse apoio financeiro. A população deve contribuir, monitorando suas casas e locais de trabalho, para evitar o acúmulo de água parada em locais propícios à reprodução do mosquito, como vasos, latas, garrafas, baldes e caixas d’água destampadas, por exemplo. Por isso, Carine, é muito importante que as pessoas estejam atentas como você.

 

COLUNA CONVERSA COM A PRESIDENTA 10/10/11

Marcos Paulo Lennbauer, 25 anos, estudante de Direito em Palotina (PR) - Como se pode concorrer a bolsas de estudo no exterior pelo programa Ciência sem Fronteiras? O que conta são as notas que temos na escola, ou no Enem, ou o quê?

Presidenta Dilma – Podem se candidatar alunos que tenham ingressado em qualquer instituição de ensino superior por meio do Enem e que tenham obtido mais de 600 pontos, alunos com bom aproveitamento acadêmico e envolvidos em programas de iniciação científica ou tecnológica, bem como estudantes premiados em olimpíadas de matemática ou de ciências. O foco, Marcos, são as engenharias e as ciências exatas, biológicas e da saúde. Haverá um processo de inscrição e seleção nacional para os estudantes que preencham estes requisitos e estejam inscritos em cursos universitários nas áreas selecionadas. Para mais informações, acesse o site da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes): www.capes.gov.br/cienciasemfronteiras. Para os estudantes de pós-graduação, a seleção se dá por chamadas públicas, divulgadas no portal do programa (www.cienciasemfronteiras.cnpq.br), do CNPq (www.cnpq.br) ou da Capes (www.capes.gov.br). As duas instituições estão com processos de seleção abertos para pós-graduação. O Ciência sem Fronteiras visa promover um grande salto no domínio da ciência e tecnologia, na inovação e na competitividade brasileiras. Serão 75 mil bolsas de estudos até 2014, para que estudantes brasileiros possam adquirir experiência internacional nas melhores universidades do mundo.

 

CONVERSA COM A PRESIDENTA 24/10/11

Surian Fernanda de Almeida, 16 anos, estudante em Ponta Grossa (PR) - Quais são as ideias da presidenta para melhorar a educação em nosso país?

Presidenta Dilma: São muitas as ações já em andamento para melhorar a educação brasileira, Surian. Nós iniciamos esse processo histórico de transformação do sistema educacional já no governo do Presidente Lula, com a criação do Fundeb, a implantação do piso nacional para os salários dos professores, a expansão da rede federal de ensino tecnológico e superior e a criação do Prouni, entre outras iniciativas. Desde o início de meu governo, demos sequência a este processo e já lançamos importantes medidas, como a seleção dos municípios que terão o apoio do governo federal para a construção de creches e pré-escolas – serão seis mil novas unidades até 2014. Já definimos os municípios e os estados que receberão recursos para a construção e cobertura de quadras escolares. Lançamos o Pronatec, que oferecerá oito milhões de vagas em cursos de educação profissional técnica de nível médio e em cursos e programas de formação inicial e continuada de trabalhadores. Iniciamos uma nova etapa do Plano de Expansão da Rede Federal de Ensino, que prevê 208 novos Institutos Federais de Educação Tecnológica; 47 novos campi universitários; e 4 novas universidades. E com o programa Ciência sem Fronteiras vamos oferecer 75 mil bolsas de estudos, até 2014, para que estudantes brasileiros possam adquirir formação e experiência internacional nas melhores universidades do mundo. Eu tenho a convicção, Surian, de que a educação é fundamental para a construção de uma sociedade justa, formada por pessoas com valores e com ética. Por isso, todo o meu esforço será para assegurar educação de qualidade desde a creche até a pós-graduação.

 

COLUNA CONVERSA COM A PRESIDENTA 03/10/11

Anisio Willibald Schunke, 54 anos, agricultor em Gurupi (TO) - Ano após ano perco parte da minha produção por causa das chuvas, ou da seca, ou de pragas. É difícil morar e sobreviver no campo. O que o seu governo pensa disso?

Presidenta Dilma - Anísio, o governo federal dispõe de vários instrumentos de proteção contra os riscos que ameaçam a produção agrícola. Os agricultores familiares que fazem empréstimos pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) contam com o Seguro da Agricultura Familiar (Seaf). O agricultor paga 2% do valor do contrato de empréstimo e aciona o seguro se as suas perdas superam 30% da produção. Outro seguro vinculado ao Pronaf é o Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF). Quando o preço do produto fica abaixo do custo de produção, o agricultor tem desconto no saldo devedor do financiamento de custeio. Para os agricultores do semiárido nordestino, dos vales do Jequitinhonha e do Mucuri (MG), e do norte do Espírito Santo, há o Garantia-Safra. Este programa assegura uma renda aos produtores de milho, arroz, feijão, mandioca e algodão dos municípios que perderem a metade ou mais da safra com seca ou enchentes. Para a agricultura empresarial, temos o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Nas modalidades pecuária, florestal e aquícola (criação de peixes, crustáceos, etc.), o governo federal arca com 30% do preço do seguro rural, com limite de R$ 32 mil por produtor, por ano. Já na modalidade agrícola, a participação do governo vai de 40 a 70% do preço do seguro, com limite de R$ 92 mil por produtor, por ano.