Desafios olímpicos (parte 1)

O Rio vai sediar, a partir deste ano, uma série de megaeventos que estão alavancando investimentos com potencial de solucionar gargalos que até então pareciam atávicos. Transportes, Logística, Habitação, Saneamento estão sendo incluídos na agenda governamental. Um setor fundamental, e que pode ser um grande acelerador deste processo, é o de tecnologia.

Recentemente o Fórum de Desenvolvimento do Rio, formado pela Alerj e mais 32 entidades e universidades, organizou seminário para debater o papel da tecnologia da informação no setor de transportes. A pergunta que motivou o debate é: como o Estado pode ir além de viabilizar cabos de fibra óptica e banda larga para os megaeventos e transformar as tecnologias implantadas em função dos jogos em legado consistente para atender demandas nas áreas de Educação, Transportes, Saúde e Segurança física e ambiental? É preciso planejar desde já para que estes sistemas estejam ao fim dos eventos prontos para responderem a este desafio.

Temos de aproveitar as oportunidades advindas do fato de o Rio de Janeiro estar sob os holofotes do mundo para que os investimentos se traduzam na real melhoria da nossa vida enquanto cidadãos. E mais: reconhecer que paralelamente a infraestrutura que inclui estradas, construção e reforma de prédios, pontes, viadutos, compra de vagões, construção de novas estações, dentre outras, há uma outra, invisível, e tão importante quanto, que é a infraestrutura de tecnologia da informação.

No que tange à mobilidade, as obras e os investimentos neste setor são de longo prazo e já começaram a ser feitos. É preciso, portanto, acompanhá-los, como é função do Legislativo, e mais do que isso, colaborar a partir do diálogo com a sociedade para que sejam entregues da melhor forma ao cidadão. Aos gestores cabe definir modelos, e isso tem que ser feito já, e ao mercado oferecer as melhores soluções, levando em conta nossas características. Temos uma oportunidade única de dar um salto de qualidade na informação gerada a partir da vida nas cidades. Mas precisamos saber o que queremos para que os ventos nos sejam favoráveis.

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