Vigiar e agir

Todos os anos nos deparamos com cenas chocantes causadas pelas chuvas que ou enchem os rios que carregam as casas construídas irregularmente nas suas margens ou infiltram os morros provocando queda de encostas onde as casas também irregulares. Este embate do homem com a natureza não permite “jeitinhos”, como estamos acostumados, muito menos burocracia. Sempre que ambos entram, é o homem quem perde.

Por isso mesmo que precisamos fazer algo permanente. Monitorar, conter, retirar as famílias das áreas de risco e colocá-las em segurança oferecendo opções de moradia dignas. Ainda não reagimos bem à transição entre situação de risco e calamidade e retomada da vida normal. Parece que sempre que esta transição ocorre, deixamos diminuir o ritmo das atividades até cessar. E o grande culpado disso é sempre a burocracia. Buscar formas de acessar os recursos destinados pela União para remediar o que ocorreu e impedir novas tragédias é fundamental. É preciso, ainda, responsabilidade e autoridade. Não podemos mais permitir que se construa em locais de risco.

Mas mais do que isso, temos que unificar informações, reunir os diversos estudos de áreas de risco para que os dados sejam cruzados e encaminhados às autoridades competentes para a tomada de decisão. Não é possível descobrirmos que todo mundo já sabe, mas não tomou as medidas necessárias para que as tragédias acontecessem. Na medida em que possuirmos um observatório, fica mais fácil disseminar as informações, fazer com que elas se transformem em ação. E mais do que isso, torna possível que a sociedade se envolva e cobre soluções antes das próximas chuvas.

MEDCOR Exames Cardiológicos