Lixo de Duque de Caxias pode ser levado para Belford Roxo

Foto: jornal capital caxias_Tânia Rêgo-ABrO Conselho Diretor do Instituto Estadual do Ambiente (Condir) aprovou no último dia 27 a licença ambiental de emergência - com validade de seis meses, renovável por mais seis, para que o lixo acumulado nas ruas de Duque de Caxias, possa ser levado para o Centro de Tratamento de Resíduos Bob Ambiental, na cidade de Belford Roxo, também na Baixada. A licença ambiental foi concedida nos termos da Lei Estadual 6.362, sancionada pelo governador em 19 de dezembro, que dá poderes ao governo para intervir em aterros sanitários em caso de risco iminente e emergencial devido a problemas com a destinação final de lixo urbano.

A licença foi concedida após o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) vistoriar e aprovar a estrada de 13 quilômetros construída para que caminhões transportem o lixo de Duque de Caxias para Belford Roxo sem passar por áreas povoadas. Com a licença, o aterro sanitário privado de Belford Roxo - o CTR Bob Ambiental - começou a receber dia 28 os resíduos gerados por Duque de Caxias, segundo acordo firmado por Minc e a presidenta do Inea, Marilene Ramos, com o prefeito eleito de Belford Roxo, Dennis Dauttman.  

  

Mutirão para limpar a cidade

 Cerca de 10 mil toneladas de lixo foram retiradas das ruas de Duque de Caxias até segunda-feira (31). Depois de três meses de coleta irregular, que resultou em lixo acumulado e mau cheiro por toda a cidade, um mutirão de moradores e empresários foi organizado para limpar a cidade a partir dp dia 28. Máquinas e equipes das áreas de saúde e defesa civil do governo do Estado reforçaram o grupo de 160 voluntários que se uniram para limpar as ruas. Cento e cinquenta varredores da empresa que fazia a limpeza da cidade - a Locanty, agora denominada Infornova -,mas pararam de trabalhar por falta de pagamento, foram acionados. Eles serão pagos por empresários, que também contrataram 80 caminhões para tirar o lixo das ruas do cidade.

A prefeitura disse que o problema foi causado pela interrupção do transbordo e transporte do lixo para o município de Seropédica. Com o fechamento antecipado do lixão de Gramacho, de dezembro para abril, “o planejamento foi desarmado”, informou, em nota, a prefeitura. A situação se agravou com o aumento do lixo no fim de ano de 1,2 mil toneladas para 2 mil por dia.

O mutirão fez também vistorias nos hospitais do município para verificar se está sendo feita a coleta de lixo hospitalar com técnicos das superintendências de Vigilância Sanitária e Vigilância Epidemiológica. De acordo com a assessoria do prefeito eleito de cidade, Alexandre Cardoso, que coordena o mutirão emergencial, a coleta de lixo será regularizada entre 40 e 60 dias.