Forum Permanente

Forum PermanenteGEIZA ROCHA é jornalista e secretária-geral do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro Jornalista Roberto Marinho. www.querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

Perversa informalidade

A informalidade é perversa. E não estou falando da forma de tratamento que utilizamos no Rio de Janeiro não, muito menos da roupa que costumamos vestir. Estou falando do trabalho informal. Se por um lado, ele garante uma remuneração um pouco maior no curto prazo, no médio prazo ele retira dos setores a força e o poder de mobilização, que são fundamentais para qualquer demanda por incentivos ou redução de impostos.

Saindo do lugar-comum

Não tem segredo. Formar o indivíduo requer trabalho, coerência, persistência e frequência. Metas concretas e palpáveis. É um dos únicos atos que não podemos delegar. Educar nossos cidadãos é função dos pais, das escolas, da própria sociedade. Todos juntos, num equilíbrio perfeito. Utopia? Não.

Em meio aos debates sobre a Educação no país, especialistas têm chamado a atenção para a necessidade de regionalizar o ensino, conhecer os alunos e seus problemas. E romper a idéia de que a escola e o aprendizado só acontecem dentro da sala de aula.

Criatividade na Economia e nas Ações

O que nos torna tão diferentes e singulares no mundo? O potencial criativo pode ser uma resposta. E pode ser uma saída nesta sociedade em que os países desenvolvidos estão com suas economias em crise. Nem o modelo europeu, nem o americano se sustentam mais. Nós “do terceiro mundo” temos muito a ensinar. Mas há muito a fazer. Para criarmos um ambiente propício à criatividade, precisamos educar olhares, capacitar para o trabalho, formar cidadãos aptos a equilibrar o trabalho, o lazer e o estudo. É neste modelo em que a criatividade e a economia criativa prosperam.

O Estado do Rio de Janeiro, apesar do pequeno território, tem um potencial incrível para desenvolver os setores que utilizam a criatividade como base. São diferentes segmentos de negócios – como moda, design, arquitetura, audiovisual, educação e novas mídias – que já entenderam como a arte e a cultura podem agregar valor a bens e serviços. Mas não é preciso apenas criar. Precisamos transformar esta criação em produtos e serviços inovadores, gerando emprego e renda, valor na sociedade. Ao reunir especialistas sobre o tema no Plenário da ALERJ, algumas saídas foram propostas. Ficou claro que é necessário incentivar as atividades de forma segmentada, reconhecendo suas peculiaridades, e trabalhar para desburocratizar, oferecendo incentivos fiscais para que elas prosperem no território.

Em relação às políticas públicas, especialistas apontam que o foco deve ser na promoção do acesso e não na produção, como ocorre hoje. E sugerem que o estado pode ser o vetor desta transformação promovendo o acesso a obras que já estão em domínio público, às publicações científicas. Também foi proposta a criação de um órgão para gerir as ações de Economia Criativa, que não são exclusivas da Secretaria de Cultura, mas envolvem Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Agricultura, dentre outras. O desafio agora é sedimentar estas propostas e desenhar este caminho. Em nome do futuro.

Educação como legado

O Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro mantém permanentemente na agenda o tema legado dos megaeventos esportivos e tem buscado aprofundá-lo em diversas ocasiões. O que fica cada vez mais claro é que se não aliarmos às transformações de infraestrutura, que estão ocorrendo, o legado social, pouco avançaremos. Além de debater, buscamos modelos e projetos que possam servir de exemplo para esta construção. É preciso sabermos onde queremos chegar, para traçarmos as melhores rotas.

Dá trabalho

Queremos resultados rápidos, excelência, ouro. Retorno para um investimento que, segundo dados do Ministério dos Esportes, chegou a R$ 2 bilhões. Mas esquecemos que esporte é construção, demanda tempo, e deveria começar na escola, com o professor de educação física. Para se chegar ao topo da pirâmide (o esporte de alto rendimento), precisamos investir na base, no esporte escolar e no esporte participação, aquele que todos gostamos de fazer nos clubes, condomínios, praças, parques e espaços das cidades que oferecem a oportunidade de iniciação da prática esportiva para crianças e jovens e de lazer para adultos.

Quem paga a conta?

Durante duas semanas o mundo passou pelo Rio de Janeiro. Militantes e ativistas de todas as partes do globo terrestre e governantes debateram formas de tornar nossa existência mais sustentável. E eu resumiria a Rio + 20 e a timidez das resoluções fruto do "consenso possível" em cinco pontos:

- Ficou cristalino que grande parte das pessoas reconhece a importância da sustentabilidade, mas sabe pouco por onde começar. Sustentabilidade não está só na Amazônia e na sua biodiversidade. Ela inclui a vida nas cidades, a forma como nos deslocamos, o que fazemos com o nosso lixo. Ela começa em casa;

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