Maricá poderá ter fábrica de respiradores não invasivos

Inicialmente, serão produzidos 250 equipamentos nos próximos seis meses

Maricá poderá ter fábrica de respiradores não invasivos Anselmo MourãoO convênio assinado na quarta-feira (25/11) entre o Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM) e a empresa Tracel Industrial, Comércio e Serviços Ltda., que trata de uma encomenda tecnológica de equipamentos de ventilação respiratória não invasiva, pode resultar na instalação de uma nova indústria na cidade.

Durante o ato de assinatura do contrato no Hospital Municipal Ernesto Che Guevara, o presidente do ICTIM, Celso Pansera, destacou que a consolidação da parceria nos próximos meses deverá direcionar essa meta. Inicialmente, serão produzidos 250 equipamentos nos próximos seis meses, com acompanhamento da diretoria de Ensino e Pesquisa da unidade hospitalar.

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De acordo com Pansera, a instalação de uma nova fábrica não consta deste contrato e poderá ocorrer em um segundo momento da parceria. “Estamos falando da geração de 120 empregos nesta linha de produção, na qual a prefeitura atuará como sócia e terá uma parte da receita. Além de não termos informação sobre uma iniciativa semelhante realizada por um município, este é o primeiro contrato de que se tem notícia feito para induzir inovação e também um ciclo econômico no município. A expectativa é que, nos próximos vinte anos, o que se arrecada com o petróleo vai dar lugar a royalties de inovação através deste e outros produtos”, projeta o presidente do ICTIM, antecipando que há ainda outras três encomendas tecnológicas previstas: para um polo audiovisual, a produção de alimentos orgânicos e o uso de ônibus movidos a hidrogênio.

O equipamento previsto no contrato é um tipo de capacete plástico, com formato semelhante de um escafandro, que suplementa a oxigenação do paciente, dando mais conforto e melhorando sua respiração. “Pela primeira vez vamos utilizar esse equipamento na prática, no dia a dia dos pacientes. No entanto, podemos garantir que ele foi amplamente testado e com bons resultados. Mais do que isso, é algo que vai servir para sempre a quem precisar mesmo após o fim da pandemia, quando vai poder atender a outras doenças respiratórias”, lembrou o diretor de Ensino e Pesquisa do hospital, Pedro Portari, que exaltou ainda a importância de existir um espaço como esse na unidade.

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