Energias renováveis

Durante décadas o Brasil utilizou recursos hídricos para a produção de energia elétrica. Diversas usinas foram construídas. Itaipu Binacional e a Usina Hidrelétrica de Tucuruí são exemplos daquilo que o governo projetou como matriz energética. A partir do movimento ecológico, a necessidade de incluirmos novas alternativas ganhou mais força.

Além disso, fato importante também colaborou para que governos e empresas do setor repensassem a questão: o racionamento ocorrido nos verões 2001 e 2002. A campanha para que se reduzisse o consumo teve impacto direto na sociedade e, como resultado, levou à mudança de hábito.

Projetos que levassem ao incremento de geração de energia eólica ou solar entraram na agenda do governo. Há recursos naturais suficientes para o incremento da produção de energia por meios renováveis.

Trata-se de eletricidade que poderia atender à demanda em algumas regiões como forma de complementar a geração hídrica. As usinas hidrelétricas não perderão espaço, mas as bacias hidrográficas estarão cada vez mais escassas em razão do uso excessivo da água para outros fins.

O uso de energia dessas fontes começa a ganhar espaço nos grandes centros urbanos. Nos shoppings ou condomínios (residenciais ou comerciais), a cultura da eletricidade produzida por painel solar tem uma participação cada vez mais crescente. O custo dos equipamentos começa a cair, de modo que tornou-se mais atraente também nas cidades do interior.

Tanto é assim que o programa habitacional do governo federal estimula que moradias sejam abastecidas pela energia solar. O BNDES possui carteira de crédito para esses projetos. Com valor mínimo de R$ 10 milhões, o programa é bastante atrativo para o microempreendedor.

No futuro, com a multiplicação dessas fontes, é possível que o parque energético brasileiro seja menos dependente da geração hídrica. E, com oferta diversificada, o preço ficará bem mais acessível para o mercado consumidor.