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Dois Brasis e a conta

De um lado o País do século XXI, que debate inovações tecnológicas e que vai receber megaeventos que o projetam para o mundo, como a Copa e as Olimpíadas. De outro, o Brasil de torneiras secas e rios poluídos pelo esgoto. No mês em que se comemorou o Dia Mundial da Água, o Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (Cebds) e o Instituto Trata Brasil lançaram a publicação "Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento Brasileiro".

 A publicação apresenta em suas 22 páginas o enorme desafio que temos pela frente para reverter o atual quadro em que estas duas realidades díspares e próximas convivem. De acordo com o Ministério das Cidades, cerca de 36 milhões de brasileiros ainda não tem água tratada. Só 48,1% dos lares no País tem coleta de esgoto e do que é coletado, menos de 40% é tratado. São números alarmantes e que nos colocam na 112º posição na Classificação Internacional do Saneamento, ranking de 200 países que leva em consideração não apenas a cobertura por saneamento atual, mas a sua evolução recente, que tem sido muito lenta.

Dentre os benefícios da universalização citados estão o aumento da renda média do trabalhador de 6,1%, ou R$ 88 por mês, levando em conta a renda media de R$ 1.432, e a redução de 6,8% do atraso escolar, levando a efeitos de medio prazo sobre produtividade e renda. Também são citadas melhoras na qualidade de vida, com a redução nos casos de mortalidade e de internações causadas por infecções gastrointestinais, a valorização dos imóveis, crescimento do turismo, dentre outros. São impactos diretos e indiretos no cotidiano, e sobre o qual temos que lançar luz. Trata-se de um convite à reflexão e à ação porque lista reflexos nas mais diversas áreas, demonstrando a importância de investir na universalização dos serviços de água e esgoto em prol da melhoria urgente da qualidade de vida dos brasileiros.

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